Este trabalho foi realizado com o objetivo de caracterizar, em termos da
constituição elementar, vinhos procedentes de diferentes regiões do
estado do Rio Grande do Sul, Brasil, com ênfase na produção do Vale dos
Vinhedos, estabelecendo se existem peculiaridades advindas da região em
que o vinho é produzido, e que naturalmente estão relacionados ao ciclo
de produção: solo, folha, uva e mosto. Além disto, estudar possíveis
influências do processo de armazenamento do produto. Para tanto, foram
utilizadas duas técnicas analíticas, PIXE e RBS. A análise por PIXE,
realizada com o varietal Cabernet Sauvignon, mostrou que os vinhos, em
geral, possuem elementos com número atômico entre 11 e 38, como Na, P,
S, K, Ti, Mn, Fe, Cu, Zn, Br, Rb e Sr. Foram observadas algumas
diferenças nas concentrações de alguns elementos, de acordo com a região
de procedência, como, por exemplo, nas concentrações do Mn e do Rb.
Rolhas também foram analisadas. Elementos como P, K, Ca, Ti, e Fe ficam
retidos na parte da rolha que manteve contato com o vinho, sendo que
este efeito é mais evidente para o Si, com relação aos demais elementos.
Resultados referentes ao processo de cultivo e elaboração mostraram que
o Cu é um elemento que apresenta grande variação de uma amostra para
outra do ciclo de produção, com maior concentração na folha e no solo e
menor concentração no vinho. Outros elementos como Ni e Rb também
apresentaram variações no processo de vinificação. RBS foi usada na
determinação da matriz do vinho e das rolhas, que é constituída, no caso
do vinho, basicamente por C (68%) e O (32%).
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